SINICON PARTICIPA DE EVENTO DA INDÚSTRIA DO CIMENTO, QUE APRESENTOU DIRETRIZES PARA O FUTURO DO SETOR
[26/11/2019]
SINICON participa de evento da Indústria do cimento, que apresentou diretrizes para o futuro do setor
As ações propostas, alinhadas ao Acordo de Paris, propõem redução de emissão de gases de efeito estufa (CO2) em até 33%;
Na quarta-feira (26/11), o SINICON – Sindicato Nacional da Construção Pesada-Infraestrutura participou de evento promovido pelo Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC) e pela Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) em que apresentaram, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, FIESP, o Roadmap Tecnológico do Cimento, um documento que traça a ambição e as diretrizes para a indústria se tornar ainda mais eficiente e sustentável;
O evento também contou com um módulo sobre o Coprocessamento, uma tecnologia evolutiva, presente na indústria desde 1990, de queima de resíduos industriais e passivos ambientais em fornos de cimento, substituindo a utilização de combustíveis fósseis não renováveis. Há cerca de três décadas no dia-a-dia do setor, a tecnologia conta com total garantia de saúde e segurança ao trabalhador.
indústria desenvolveu o Roadmap em colaboração com a Agência Internacional de Energia (IEA), Iniciativa de Sustentabilidade do Cimento (CSI) do Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD), International Finance Corporation (IFC) - membro do Banco Mundial - e um seleto grupo de acadêmicos de renomadas universidades e centros de pesquisa do país, sob a coordenação técnica do professor emérito e ex-ministro José Goldemberg.
O estudo propõe alternativas para reduzir, ainda mais, as baixas emissões de CO2 da indústria nacional de cimento. Mais do que isso, identifica barreiras e gargalos que limitam a adoção de políticas públicas, regulações, aspectos normativos, entre outros, capazes de potencializar a redução das emissões em curto, médio e longo prazo.
“A indústria brasileira do cimento apresenta um dos menores índices de emissão de CO2 no mundo, por conta de ações que vêm sendo implementadas nas últimas décadas e queremos continuar liderando esse processo no futuro”, afirma Paulo Camillo Penna, presidente do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC) e da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).
Segundo dados dessas entidades, enquanto a produção de cimento aumentou 273% entre 1990 e 2014 (de 26 para 71 milhões de toneladas), a curva da emissão de carbono cresceu 223% nesse intervalo, uma redução de 18% das emissões específicas (de 700 para 564 kg CO2 /t cimento). Por sua vez, o projeto vislumbra a possibilidade da indústria alcançar patamares da ordem de 375 kg CO2 /t cimento até 2050, uma redução de 33% com relação aos valores atuais.
O Coprocessamento
O coprocessamento, além de ser um dos pilares previstos pelo Roadmap como uma das soluções para a redução na emissão de gases de efeito estufa, se apresenta como uma alternativa viável e acessível para a destinação de resíduos sólidos urbanos em cidades próximas da indústria.
O uso de combustíveis alternativos na produção de cimento, através do coprocessamento, não gera novos resíduos e contribui para a preservação de recursos naturais, por substituir matérias-primas e combustíveis fósseis no processo industrial, habilitando-se como uma das soluções possíveis para a destinação correta dos resíduos sólidos urbanos, infelizmente não atendida por cerca de 3.350 municípios brasileiros, em claro conflito com a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Além disto, trata-se de um processo existente e consolidado mundialmente, gerando ganhos sociais, econômicos e ambientais – a tríade do conceito de sustentabilidade – para os envolvidos em toda a cadeia de coleta e descarte de resíduos.
Combustíveis alternativos
Metas alinhadas ao Acordo de Paris
O Acordo de Paris, negociado em 2015 na 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e ratificado pelo Brasil em 2016, estabeleceu diretrizes e compromissos para tentar limitar o aumento das temperaturas neste século a menos de 2°C.
Para alcançar essa meta desafiadora, foram reunidas no mapeamento medidas que se concentram em quatro principais pilares: adições e substitutos de clínquer - produto intermediário do cimento -, por meio do uso de subprodutos de outras atividades; combustíveis alternativos, com a utilização de biomassas e resíduos com poder energético em substituição a combustíveis fósseis não renováveis; medidas de eficiência energética, mediante investimentos em linhas e equipamentos de menor consumo térmico e/ou elétrico; tecnologias inovadoras e emergentes, por meio da pesquisa e desenvolvimento em tecnologias disruptivas, como a captura de carbono.
Ações-chave para 2030
Para atingir os níveis de melhoria nos diferentes indicadores de performance (KPI’s) e as consequentes reduções na emissão de carbono estimadas, governo, indústria e sociedade em geral devem criar uma agenda conjunta de ações estruturantes, de forma a acelerar a transição sustentável da indústria brasileira de cimento. Entre as ações prioritárias, visando um horizonte de curto/médio prazo (2030), estão:
· Reforçar a cooperação nacional e internacional; promover o desenvolvimento de novas normas de cimento, permitindo a incorporação de maiores teores de substitutos de clínquer;
· Valorizar a recuperação energética de resíduos, em atendimento à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS);
· Compartilhar melhores práticas em nível nacional e internacional para a promoção da eficiência energética na indústria do cimento;
· Promover Pesquisa e Desenvolvimento em tecnologias emergentes e inovadoras de mitigação de gases de efeito estufa.
Veja no link abaixo a íntegra do Roadmap Tecnológico do Cimento: https://www.abcp.org.br/cms/wp-content/uploads/2019/04/Roadmap_Tecnologico_Cimento_Brasil_Encarte.pdf
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